Destaque
Património religioso
Igreja Matriz de Santa Maria Maior
(Chaves)
De origem românica, pensa-se que foi edificada sobre um templo
romano na era do bispo Idácio. A primeira referência histórica
data de 1259, conservando-se desta época a torre e o pórtico.
Foi restaurada durante o reinado de D. João III (séc. XVI),
imitando os modelos renascentistas da época, tendo sofrido
novas reformas no século XVIII. O seu interior é formado por
três naves, elevadas sobre grossas colunas e cobertas por um
teto de madeira de castanheiro. Sobre o altar-mor ergue-se uma
abóbada, e uma lanterna coroa a capela do Santíssimo. Numa
praça ao lado da igreja encontra-se um pelourinho de estilo
manuelino, onde eram executadas as sentenças na época medieval.
Igreja da Misericórdia
(Chaves)
Data do final do século XVII, e foi edificada em estilo barroco
com elementos renascentistas. Diz-se que era esta a capela do
paço dos duques de Bragança. O seu interior, de uma só nave,
conserva uma profusão de azulejos do século XVIII que ilustram
motivos e cenas bíblicas. Também merece destaque o retábulo do
altar-mor e uma pintura de 1743 sobre o teto de madeira,
representando uma cena da Visitação.
Igreja de São João de Deus
(Chaves)
Esta igreja data do século XVIII e foi construído durante o
reinado de D. João V, seu padrinho e mecenas, cujas armas
figuram na fachada da igreja. Inicialmente era uma igreja anexa
a um hospital militar mantido pelos irmãos de São João de Deus,
onde funcionou uma Aula de Cirurgia e Anatomia no reinado de D.
Maria I. Situada na margem esquerda do Tâmega, apresenta uma
nave octogonal e elementos barrocos e neoclássicos.
Capela de Santa Catarina
(Chaves)
A fachada aparece inserida entre novas edificações. Foi fundada
em 1279, e dela dependia um albergue para acolher viajantes e
peregrinos. Ambas foram destruídas no início do século XVII
para reforçar a praça militar. A construção atual data de 1861
e no seu interior destaca-se um original retábulo sobre o
altar-mor. Esta capela é propriedade municipal.
Capela de Nossa Senhora de Loreto
(Chaves)
Também conhecida como da Santa Cabeça, data de 1696 e formava
parte de uma casa senhorial pertencente ao abade de Monforte.
Merece destaque a sua fachada granítica com altas pilastras e
frontões curvos. Diz a tradição que no seu interior se
encontram enterrados os restos de São Bonifácio, santo protetor
contra as mordeduras dos cães raivosos.
Capela Nossa Senhora da Lapa
(Chaves)
De propriedade municipal e erigida no século XVIII, é de estilo
barroco e situa-se junto ao forte de São Francisco.
Capela da Nossa Senhora do Pópulo
(Chaves)
De propriedade particular, situada no bairro de Santo Amaro,
construída em 1516, e ponto de paragem de peregrinos.
Capela do Senhor do Calvário
(Chaves)
Erguida em 1672 no alto de uma colina.
Igreja Paroquial
(Verín)
A igreja foi construída entre 1542 e 1546, sob a jurisdição da
abadia de Celanova e é dedicada a Santa María a Maior. Durante
muitos anos esteve vinculada ao priorado beneditino de Pazos.
Conta com uma capela adjacente, conhecida como capela das Dores
onde se albergava a Virgem do mesmo nome e um Cristo jacente,
de braços articulados. A capela albergou também o conhecido
Cristo das Batalhas, que hoje preside o presbitério da igreja e
cuja autoria se atribui ao escultor Gregorio Hernández ou a um
discípulo da sua escola. No final do século XIX José García
Barbón comprou esta capela e doou-a à Igreja. Este ilustre
prócere local também contribuiu para a reconstrução do teto,
dotando ainda a igreja de um órgão e de uma torre para colocar
o relógio.
Igreja e convento da Mercede
(Verín)
Embora o estabelecimento do Priorado Mercedário em Verín date
de 1597, a construção do edifício atual não começou até ao
início do século XVIII. Primeiro levantou-se o claustro e
depois a igreja e a torre (1738), de estilo barroco, com cortes
neoclássicos no pórtico do convento. Na igreja é possível
observar diversas esculturas em madeira, entre as quais se
destaca a da Virgem das Mercês, o retábulo-mor (XVII) cuja
autoria se atribui a Frei Pedro Pascual García, os relevos de
Francisco de Moure (séc. XVII) e o da Fundação da Ordem (séc.
XVII). Os efeitos desamortizadores da lei Mendizábal obrigaram
os Mercedários a abandonar o edifício, que caiu parcialmente em
mãos privadas, situando-se nele alguns estabelecimentos e a
Casa Consistorial da vila e prisão da comarca. No início do
século XX, os mercedários começaram a regressar ao convento,
que recuperariam definitivamente cinquenta anos depois, com a
mudança do consistório para o novo edifício no Campo do Toural,
onde ainda permanece após várias reformas e ampliações.
Capela de San Lázaro
(Verín)
Aparece documentada no século XVI como sendo de patronato real,
possuindo em anexo um hospital que foi primeiro de peregrinos e
depois de lazarinhos. Uma Confraria e uma Ordem dos Pobres
aparecem ligadas a esta capela, com casa-hospital anexa, para
atender os indigentes. A advocação do santo surge com força num
tempo em que as epidemias de lepra assolavam as populações. O
concelho, justiça e corregedoria de Verín contribuíam com o
mordomo em nome do rei e, no último terço do século XVI, o
conde de Monterrei pretendeu mudar para ali o hospital de
peregrinos do castelo. Em frente a esta capela encontra-se o
cruzeiro da Piedade (séc. XVII) e no seu perímetro podem
apreciar-se várias casas que apresentam, na sua arquitetura e
elementos, a tipologia construtiva do Verín antigo. Nesta
encruzilhada continua a celebrar-se atualmente a feria anual
mais importante da comarca, que deu origem às feiras e às
festas de São Lázaro, patrono da vila.
Santuário de Nosa Señora dos Remedios
(Vilamaior do Val, Verín)
Lugar de grande atração para os peregrinos procedentes de toda
a comarca, de Castela e de Portugal. Nas suas imediações tinha
lugar uma popular romaria e uma importante feira. A Virgem dos
Remedios, alvo de grande devoção local, era levada em procissão
pelo vale para pedir chuva para as colheitas e calma nas
tempestades. O edifício começou a construir-se em 1541, tendo
recebido uma nova fachada no século XIX, terminada no século XX
e sufragada por García Barbón. No seu interior alberga
numerosas obras do século XVII, destacando-se o retábulo-mor,
obra iniciada por Juan de Angés “O Moço” e terminada por
Bartolomé de Croanes e Alonso Martínez. Da autoria destes
últimos são ainda os quatro retábulos laterais e várias efígies
de santos. Os outros retábulos são obra do escultor Juan
Bautista Celme, do mesmo século.